Por Aline de Moraes Pernambuco
Recentemente, empresas, autoridades e cidadãos brasileiros sofreram espionagem da NSA, agência de segurança dos Estados Unidos. O episódio gerou desconforto diplomático entre os governos brasileiro e estadunidense e levantou debates sobre guerra cibernética e a necessidade de maior atenção para a área.
A boa notícia é que o setor contará com inovações. A prioridade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) será a de promover inovações, capacitações e ações na área, através do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Defesa Cibernética.
O projeto, anunciado pelo Governo Federal na última quarta-feira, 7, está em concordância com o Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008 que institui a Estratégia Nacional de Defesa (END).
Segundo o jornalista e assessor de comunicação do Governo Federal, Maiycon Chagas, a iniciativa contribui para o fortalecimento da soberania nacional. “Essa é uma medida importante e fundamental pois o principal patrimônio do Estado e de qualquer sociedade é o conhecimento, inovação e informação. E atualmente essas estão expostas a ataques de hackers, ciberativistas, espiões industriais e até de algumas agências de informação de países como os Estados Unidos, como já revelado. Investir nessa área deve ser uma prioridade. Proteger nossas informações e conhecimentos é defender o interesse da nação.”
Além de mais pesquisas, o programa terá a responsabilidade de desenvolver projetos inovadores na área, alavancando a indústria nacional através de soluções nos setores de defesa cibernética e segurança dos sistemas de informação.
O novo programa contribuirá em soluções e formulações de políticas públicas relacionadas à Segurança Cibernética do País. Os recursos serão disponibilizados pela Secretaria de Política de Informática (SEPIN) .
O Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) e do Comando do Exército e Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) ficarão responsáveis pela infraestrutura do programa.